segunda-feira, 22 de julho de 2013

Peludos e suas manias compulsivas (Parte 2)


A compulsividade nos cães pode ser tratada, mas, se ela for percebida muito tempo depois, dificilmente será totalmente curada!! Nesse caso, ela pode ser aliviada para que o peludo venha a sofrer menos.

Foi o que aconteceu nesse caso que relato. A Fox paulistinha já estava em um grau de compulsividade muito elevado e tive que fazer uma série de exercícios para aliviar seus problemas. 

Aumentamos a carga de passeios e foquei bastante para que ela prestasse bastante atenção em mim e no ambiente externo. Dificilmente eu a deixava farejar o chão para achar sua sombra e após isso comecei a mostrar objetos como bolinha de tênis para estimulá-la a se interessar por outras coisas e esquecer um pouco de sua sombra. Gradativamente durante os passeios e brincadeiras ela foi melhorando, mas em sua casa era um verdadeiro problema.

Os donos percebendo a situação em que ela chegou, tentavam de forma errônea corrigi-la, ou seja, toda vez que a cadelinha tinha seus momentos de compulsividade eles tentavam inibi-la com algum tipo de brincadeira, petiscos ou carinho. A peludinha muito esperta começou a associar isso com atenção e recompensas, e aí ela só piorou seu estado.

Tive que mudar muito a cabeça dos donos e muitas conversas foram necessárias para que eles começassem a entender o processo de como agir nesse caso. Expliquei que NÃO devemos dar alguma recompensa para o cão enquanto ele tem seu momento compulsivo. NÃO dê carinho, petiscos ou atenção. O mais correto é fazer algum barulho para tirar o foco dela, ou deixá-la sozinha de "castigo" por exemplo.

Mudamos muitas coisas em seu ambiente de casa também, o deixamos bem atrativo e com bastante atividade para seu trabalho mental e físico. Coisas que tirassem a atenção sobre a  sombra e fosse voltada para os objetos no meio ambiente.

Passados alguns meses de treinamento, a Fox paulistinha melhorou bastante, mas ainda não se recuperou totalmente da compulsividade.

Muitas dessas compulsividades são causadas pelos próprios donos de animais, que em muitas das vezes não sabem realmente como cuidar de seus bichinhos. Raros são os casos em que o problema é genético, ou seja, já nasce com o peludo. Nesse caso, além das atividades físicas e mentais, um tratamento mais intenso será necessário, como por exemplo o uso de remédios fitoterápicos indicados por veterinários.

O mais importante para evitarmos esse tipo de problema é entendermos que todo animal precisa de atividade física, mental e exercícios diferenciados para que ele não tenha comportamentos repetitivos e fique entediado.

Não se esqueça também que, um ambiente saudável é extremamente importante para que seu peludo fique feliz e tranquilo.

Caso seu bichinho de estimação esteja com um caso semelhante, entre em contato.
thiago@equilibrioem4patas.com

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