A velhice dos animais

É chegado o momento que nosso melhor amigo peludo fica velhinho e com isso alguns problemas de saúde aparecerem ou se agravam e seu comportamento também pode mudar, devido a limitações físicas e/ou psicológicas que acabam aparecendo.

Será que nós estamos preparados para sua partida?

Quando temos um animal de estimação que vai ficando velhinho, é importante ter em mente que teremos que ter uma atenção redobrada com seus cuidados.

Esses cuidados vão desde alimentação até a forma como lidamos com eles. Lembre-se sempre que seu peludo começará a ter limitações físicas como dificuldades para andar, subir escadas, enxergar, ouvir e também terá limitações de saúde próprias da idade. Ele pode, por exemplo, passar a comer menos, ter problemas para urinar ou defecar, querer dormir mais e etc. Com isso, precisamos nos adaptar e ajudá-los da melhor maneira 

possível.

Ficar velhinho não quer dizer ficar doente, por tanto, é importante manter seu peludo com a melhor qualidade de vida possível. Visite sempre um veterinário para que você tenha um acompanhamento periódico do estado de saúde do seu amigo e com isso antecipar possíveis doenças que chegam com a velhice como doenças cardíacas, câncer, insuficiência renal e diabetes por exemplo.

Se você tem um gatinho ou cão de porte pequeno, eles atingem a velhice a partir dos 8 ou 9 anos de idade e os cães de médio e grande porte com 7 ou 8 anos.

Paciência, muito amor e carinho são as chaves nesse momento que chegou.

Quanto maior o tempo em que vivemos com o nosso bichinho, maior o nosso apego com ele, proporcionando histórias e momentos que serão contados e lembrados para sempre.

Tive o privilégio de ganhar uma gatinha siamesa quando eu tinha 13 anos de idade e durante toda minha infância, adolescência e fase adulta a Morgana me acompanhou com seu carinho, ronronos, brincadeiras e arranhões. Morgana esteve presente em todos os momentos da minha vida. Me viu terminar o ensino médio, conheceu a minha primeira namorada, comemorou junto comigo quando arrumei meu primeiro emprego, quando me alistei no exercito, quando entrei e me formei na faculdade, quando sai de SP para morar fora e quando voltei para SP me recebeu como se eu fosse um rei....

Enfim, ela esteve sempre comigo, nos bons e nos momentos ruins, me ensinando muitas coisas e sendo uma grande responsável por muita coisa do que sou hoje! Agradeço a ela por todo conhecimento que tenho sobre felinos, já que, cursos e livros me ensinaram a teoria, a Morgana foi minha professora na pratica desde os 13 anos. Com ela aprendi como lidar com um gato medroso, ansioso, hiper ativo ou arisco. Desenvolvi técnicas e maneiras de ajudar gatos com fobias e até como ensinar alguns truques a eles. Ela foi uma grande professora quando adotei outro peludo, me ensinado o que eu deveria ou não fazer para que eles convivessem bem, juntos.

Os anos que passamos juntos só me fizeram entender o quanto esses animais independes e dependentes são sinceros, confiáveis e fieis. O respeito e admiração que tenho pelos felinos me ensinaram o quanto devo respeitar toda e qualquer forma de vida, seja ela humana ou não humana.

No dia 10/10/2011 Morgana morreu com 18 anos de idade por conta de complicações no rim, devido uma infecção que ela pegou. Ainda sinto falta de sua presença e muitas saudades e sou totalmente grato por tudo que ela fez por mim, por todos os momentos que passamos juntos e principalmente por todos os ensinamentos que utilizo nos peludos felinos e caninos que treino e reabilito hoje.

Quando a Morgana se foi, ela também me ensinou que, nossos amigos peludos também se vão e temos que se fortes para encarar a dor da perda. Para quem já passou por isso, sabe que a dor é a mesma de quando perdemos um ente querido, afinal, um animal de estimação também é um membro da família.

Esse post é totalmente dedicado a Morgana, minha melhor professora de felinos.