quarta-feira, 31 de julho de 2013

Treinamento requer paciência e disciplina!!

Todo treinamento, independente da necessidade do peludo, requer paciência, disciplina e constância. Nada é resolvido num passe de mágica ou como nos programas da TV.

Engane-se quem pensa que comportamentos como agressividades, medos, estresses, indisciplinas ou outros fatores, são tratados em um ou dois dias.

Comportamentos de meses ou anos, não são tirados em poucas semanas. Quanto mais as pessoas ou os donos dos peludos ficarem ansiosos, impacientes ou apressados em resolver o problema, menos o peludo aprenderá e mais ansioso e desinteressado o peludo ficará no treinamento. 

Um bom treino, requer muita, mas muita paciência. Entender as reais necessidades de aprendizado do peludo e entender que cada animal é um animal e por tanto, tem um tempo certo de aprendizado.

O mais importante não é se preocupar em quanto tempo seu peludo fará comandos de obediência ou em quanto tempo ele irá parar de fazer coisas erradas e sim entender o motivo do mau comportamento e trabalhar em cima disso. Se você entender o motivo do peludo fazer coisas erradas e treinar e ensiná-lo para que não haja mais tais comportamentos, as chances de você corrigir os problemas do peludo serão rápidas.

Na natureza, os animais não são ansiosos e muito menos impacientes, pois isso significa fraqueza. Isso é um sentimento que nós humanos passamos aos peludos ao longo dos anos. Então, tome muito cuidado em querer apressar qualquer tipo de treinamento, pois isso pode ser o fator principal do seu peludo não conseguir evoluir.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Peludos e suas manias compulsivas (Parte 2)


A compulsividade nos cães pode ser tratada, mas, se ela for percebida muito tempo depois, dificilmente será totalmente curada!! Nesse caso, ela pode ser aliviada para que o peludo venha a sofrer menos.

Foi o que aconteceu nesse caso que relato. A Fox paulistinha já estava em um grau de compulsividade muito elevado e tive que fazer uma série de exercícios para aliviar seus problemas. 

Aumentamos a carga de passeios e foquei bastante para que ela prestasse bastante atenção em mim e no ambiente externo. Dificilmente eu a deixava farejar o chão para achar sua sombra e após isso comecei a mostrar objetos como bolinha de tênis para estimulá-la a se interessar por outras coisas e esquecer um pouco de sua sombra. Gradativamente durante os passeios e brincadeiras ela foi melhorando, mas em sua casa era um verdadeiro problema.

Os donos percebendo a situação em que ela chegou, tentavam de forma errônea corrigi-la, ou seja, toda vez que a cadelinha tinha seus momentos de compulsividade eles tentavam inibi-la com algum tipo de brincadeira, petiscos ou carinho. A peludinha muito esperta começou a associar isso com atenção e recompensas, e aí ela só piorou seu estado.

Tive que mudar muito a cabeça dos donos e muitas conversas foram necessárias para que eles começassem a entender o processo de como agir nesse caso. Expliquei que NÃO devemos dar alguma recompensa para o cão enquanto ele tem seu momento compulsivo. NÃO dê carinho, petiscos ou atenção. O mais correto é fazer algum barulho para tirar o foco dela, ou deixá-la sozinha de "castigo" por exemplo.

Mudamos muitas coisas em seu ambiente de casa também, o deixamos bem atrativo e com bastante atividade para seu trabalho mental e físico. Coisas que tirassem a atenção sobre a  sombra e fosse voltada para os objetos no meio ambiente.

Passados alguns meses de treinamento, a Fox paulistinha melhorou bastante, mas ainda não se recuperou totalmente da compulsividade.

Muitas dessas compulsividades são causadas pelos próprios donos de animais, que em muitas das vezes não sabem realmente como cuidar de seus bichinhos. Raros são os casos em que o problema é genético, ou seja, já nasce com o peludo. Nesse caso, além das atividades físicas e mentais, um tratamento mais intenso será necessário, como por exemplo o uso de remédios fitoterápicos indicados por veterinários.

O mais importante para evitarmos esse tipo de problema é entendermos que todo animal precisa de atividade física, mental e exercícios diferenciados para que ele não tenha comportamentos repetitivos e fique entediado.

Não se esqueça também que, um ambiente saudável é extremamente importante para que seu peludo fique feliz e tranquilo.

Caso seu bichinho de estimação esteja com um caso semelhante, entre em contato.
thiago@equilibrioem4patas.com

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Peludos e suas manias compulsivas (Parte 1)

 
Seu cão tem manias estranhas como correr atrás da própria sombra, lamber as patas sem parar, correr atrás do rabo, se morder, latir excessivamente por qualquer coisa ou ficar andando de um lado para o outro ou em círculos? Se você presencia algum desses sintomas com seu peludo, cuidado!! Ele pode sofrer de um problema grave de compulsividade.
 
Mas por que isso acontece?   

Uma de minhas clientes me ligou dizendo que sua cadelinha não parava de perseguir sua própria sombra, fui então a casa dela para uma consulta comportamental. Durante a consulta, notei alguns pontos importantes: 

Muita ansiedade por parte do dono e do cão; Falta de tempo da dona para passear e fazer atividades com a peludinha, o que a deixaria mais tranquila e equilibrada e outra coisa que me chamou ainda mais atenção: Atitudes dos donos que alimentavam o comportamento compulsivo do cão, como "treiná-lo" a ficar perseguindo um ponto de laser na parede por exemplo.
 
Essa brincadeira pode parecer inofensiva em um primeiro momento, mas tornou essa cadelinha totalmente dependente dessa atividade, fazendo com que ela perdesse o foco em qualquer outra coisa.

Aliado a falta de atividades físicas como passeios e brincadeiras, como jogar bolinha por exemplo e o fato de ficar muito tempo sozinha, a peludinha foi ficando cada vez mais determinada em conseguir pegar esse ponto de luz, mesmo quando os donos nem estavam utilizando o laser. Após isso, passou a perseguir a própria sombra projetada na parede ou no chão.

Corrigir esse problema não é tarefa fácil. Foi preciso muito treinamento e algumas mudanças de hábitos dos donos. Nesse caso, o trabalho em conjunto treinador e dono do cão é fundamental para a cura ou alívio dos sintomas.

Não perca na próxima semana a segunda parte dessa matéria sobre compulsividade. Como isso pode ser tratado e o desfecho do treinamento da peludinha que corria atrás do rabo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Abandono de animais!!

 
Existe um grande número de pessoas inconsequentes que por algum motivo banal e sem sentido, acaba por abandonar seus animais de estimação. Esses motivos podem ser dos mais diversos: Desde porque ele faz suas necessidades em lugar errado, ou até porque ele cresceu demais, por exemplo.  

Por conta de exemplos como esse e de muitos outros, temos uma grande quantidade de animais abandonados pelas ruas. O número real desses animais abandonados é pouco preciso e não oficiais. Algumas fontes dizem que existem cerca de 200.000 cães e gatos somente na capital de SP, outras fontes dizem que são mais de 1 milhão de animais vivendo nas ruas, praças e parques.

Muitos desses animais ainda são filhotes e uma grande quantidade desses cães e gatos abandonados são de raça, acredite se quiser.

Para o leitor ter uma ideia, um cão ou gato abandonado tem uma vida média nas ruas de somente 2 anos. Ou seja, nesse período, o peludo provavelmente passará por inúmeras situações que colocarão a vida dele em risco e a sua provável morte dentro desses dois anos.

Não se esqueça que, quando for adotar ou até comprar um animal de estimação, ele vai precisar de cuidados, de tratamento, treinamento, vai crescer, precisará ser levado para passear e ter uma vida saudável, tranquila e equilibrada.

Muitas pessoas acabam adotando ou comprando animais por impulso e muitas dessas pessoas não estão preparadas para cuidar realmente deles.

Lembre-se também que, um animal não é um objeto que pode ser descartado a qualquer momento. Além de estar provocando um sério trauma psicológico no peludo, ele poderá sofrer agressões, ser atropelado, passar frio, fome e sede. A pessoa que abandonar um animal estará cometendo crime de maus tratos, previsto em lei no artigo 3º do Decreto Federal 24.645/34 e no artigo 32 da Lei Federal 9.605/98, além de contribuir prejudicialmente no aumento da população de animais que vivem nas ruas.

Caso você presencie algum ato de violência ou abandono de animais, denuncie a Polícia, que por sua vez é obrigada a atender o chamado. caso se recusem, estarão cometendo o crime de prevaricação que também é previsto em em lei com punição.

Mudar essa situação só depende de nós. Caso queira um peludo, procure também ajuda de profissionais que orientem na hora da adoção ou da compra. Certifique-se também que terá totais condições, tempo e paciência para cuidar de um animal de estimação com amor carinho e dedicação, que esses peludos tanto merecem.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Animais e Crianças.


É muito comum ver peludos que não se sentem confortáveis ou que tomam atitudes relativamente "agressivas" perto de crianças.

Alguns cães ou gatos não gostam de crianças, exatamente pelo fato da criança ser muito 'efusiva" com os peludos ou agirem de forma um pouco mais "agressiva" com eles. Claro que, muitas crianças não tem noção do que estão fazendo e tão pouco acham que machucam o animal com atitudes mais rudes.
 
Mas independente disso, cabe ao responsável pela criança entender que todo e qualquer animal não gosta de gritos, agarrões, puxões, beliscões e etc.

Tudo o que provocar algum tipo de dor física ou mental para o peludo, além de gerar estresse, faz com que o peludo tenha algum tipo de trauma que pode influenciar diretamente no comportamento dele.

Alguns cães e gatos podem ser mais tolerantes que outros. Mas TODOS os peludos, sem exceção, tem um limite de tolerância.

Nunca permita que qualquer criança: Seja seu filho, sobrinho, neto, amigo ou outras crianças, puxem o rabo e as orelhas dos animais, pois são regiões muito sensíveis e que provocam diretamente estresse e

nervoso nos cães ou gatos. Mesmo os mais tolerantes podem não reagir na hora, mas podem acumular isso e descontar em algum outro momento.

Regiões próximas ao abdômen também são bem sensíveis e os peludos não apreciam toques bruscos nessa região.

Não permita que as crianças gritem com o peludo. Isso provoca estresse e os irrita.

O mais legal a se fazer é ensinar as crianças sobre como ser gentil com os animais. Sem gritarias ou

brincadeiras bruscas que envolvam puxões ou apertões. Ao invés disso, ensine as crianças brincadeiras como jogar bolinhas, procurar ou esconder objetos para que o peludo os encontre. Se tiver um pouco mais de habilidade, ensine alguns comandos básicos de obediência para que a criança ensine o peludo a sentar, ficar ou da a pata por exemplo. Isso ajuda a estabelecer uma hierarquia tanto para o cão como para a criança, fazendo com que a interação entre ambos seja mais amigável e positiva.

Você como líder da matilha, controla todo o ambiente. Se quer um ambiente calmo e equilibrado, com animais e crianças interagindo juntos, proporcione isso.

São gestos simples, mas que com certeza farão com que o peludo seja mais tolerante e amigável com as crianças e ao mesmo tempo, as crianças serão mais amáveis e delicadas com os peludos.

Se estiver tendo dificuldades para lidar com esse tipo de situação, entre em contato e peça uma consulta comportamental.

thiago@equilibrioem4patas.com
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