Esse tema já foi falado várias vezes aqui no blog, mas acho importante atualizá-lo.
Essa semana atendi três casos de pessoas, que me chamaram, pois "perderam" a paciência com seus peludos recém adotados.
Um
dos casos me chamou muita atenção, pois é um caso clássico de falta de
empenho dos novos adotantes e da famosa "adoção por impulso".
Os
novos donos simplesmente não tinham paciência em ensinar o peludo a
fazer as necessidades no local correto, além de notar uma grande
"preguiça" por parte deles, em tarefas simples de como cuidar bem de um
cachorro.
ALém disto, o cão foi escolhido pelo filho do casal, um
garoto de uns 10 anos mais ou menos. Os pais, "jogaram" toda a
responsabilidade para o menino, que na verdade mal sabe cuidar dele
mesmo. Imagina ter que ensinar o peludinho a fazer necessidades no local
certo e etc.
Outra coisa que me incomodou um pouco, foi o fato
dos novos adotantes dizerem que o cão adotado era "agressivo", pois
havia mordido a criança duas vezes, o que motivava o casal para a
devolução do peludo.
Ok, vamos lá: Um cão recém adotado de uma
feirinha, abrigo, CCZ ou similares, provavelmente tem um histórico de
maus tratos, além do abandono. Mesmo se ele não teve nada disso, quando
um peludo chega num
ambiente novo, geralmente ele fica assustado e
precisa de um tempo para se habituar, ou seja, a maioria dos peludinhos
não quer que você fique, o tempo todo, abraçando ou o acariciando, pois,
além de não haver vínculo de confiança com o animal, o peludo está
assustado com o novo ambiente e provavelmente estressado com o dia cheio
que teve.
E foi exatamente isso o que aconteceu, a criança
queria pegar o cão a todo momento, que com medo, claro, se defendeu
mordiscando o garoto.
Nós somos culpados, pois em alguns casos
não temos paciência e estrutura psicológica ou real responsabilidade
para ter um cão ou gato.
Não dá para "embutir" um chip no peludo,
para que ele já saiba fazer suas necessidades no lugar certo e ser
obediente. Isto é nossa função, nossa responsabilidade, treiná-lo e
educá-lo ou pedir ajuda de um profissional capacitado para isto.
Nunca
se esqueça, existe um cão para cada estilo de família. Se quiser adotar
um peludo, veja qual cão pode se adaptar com você e se você vai se
adaptar a ele. Não adote por impulso, pois depois, quem sofre é o
animal. Pois, ele será devolvido ou abandonado novamente.
Peça
ajuda há um profissional que o oriente na hora da adoção ou solicite
informações para o responsável pelo animal, quanto as características do
peludo e se possível, aproveite e dê uma volta com ele, para conhecê-lo
melhor.
Assim como você aprendeu a fazer as coisas certas na
escola ou em casa com seus pais, os peludos também precisam ser
ensinados, com muita paciência, carinho, respeito e tranquilidade.